When it’s time to cut ties [EN/PT]

Life is full of surprises. During our journey, many people pass through our lives: friends, enemies, colleagues, and lovers. All of them play a fundamental role and help build our story, whether in a good or bad way. Some people stay for a long time, while others only have a short time in our lives. Life sometimes likes to distance us from certain people, and that's not always a good thing. However, often it is we who need to end a relationship that is no longer healthy.

During my childhood, one of the things my mother talked about most was the importance of choosing our friends, as they have a great influence on the formation of our opinions. My mother, a simple woman but one of great wisdom, only God knows how angry I felt with her for forcing me to distance myself from friends she did not approve of. At the time, I did not understand, but today I can see how wise she was to deprive me of some friendships. I am sure that this wisdom saved me from a lot of trouble back then and also throughout my life.

It was with this wisdom, which I did not understand in my youth, that I ended up becoming more selective in my friendships and in the people I keep close to me. There are people who may seem a little “crazy,” but they have a good heart and really want the best for us. On the other hand, there are those who smile in front of you but hide a sharp knife to stab you in the back. It's not always easy to distinguish who deserves to be in our lives and who doesn't, but with time and a little wisdom gained from experience, we learn to realize this.

Not long ago, around 2020, in the midst of the pandemic, I ended a friendship that had been going on since my childhood. He wasn't someone who was always around, but we met often and it was always nice to be with this friend. Shortly before the pandemic, I had started a shirt printing business, and my friend lived in a house whose ground floor was a warehouse owned by his brother-in-law, the perfect space to set up our entire operation. He took care of all the paperwork, and after the printing business was up and running, he would always drop by to chat with me and my partners.

Everything was going well until he decided to start his own clothing brand, for which we were responsible for the printing. I noticed that whenever I was alone in the factory, he would make malicious comments about my partners, pointing out their flaws and trying to turn me against them. It was gossip, and I hate gossip. I realized that his intention was to convince me to dismiss my partners and go into business with him alone, which he confirmed a few weeks later. From then on, I began to avoid contact. After all, even though he was my friend, my partners were too, and this kind of attitude made me wary.

He noticed my distance, but the friendship only ended for good when I found out, in a conversation with his brother-in-law, the owner of the property, that my “friend” had agreed on different rental prices. He charged us more, passed on the correct amount to his brother-in-law, and kept the difference. A guy who kept saying he was helping us was actually taking advantage of us behind our backs. There would have been no problem if he had been honest and explained it beforehand, but he chose to lie and brag about something that was not true.

Needless to say, after that day, I never spoke to him again. After a few failed attempts to contact me, he realized that our friendship was over. I simply stopped talking to him, without lame excuses or explanations; he knew very well why.

He was someone I cared about deeply, but trust is the foundation of any relationship, even friendships. And once it's broken, there's no going back. Maybe I could forgive him, maybe even talk to him again someday, but it would never be the same. The trust, that would never come back.

Could I reverse this? I don't think so. Some things need to happen to give us experience and teach us how to deal better with similar situations in the future. As my mother used to say, you have to choose your friends wisely and know who to keep by your side. After all, betrayal never comes from an enemy, but always from someone close to you.

---

Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

---

A vida é uma caixinha de surpresas. Durante nossa caminhada, muitas pessoas passam por nossas vidas: amigos, inimigos, colegas e amores. Todas elas têm um papel fundamental e ajudam a construir nossa história, seja de uma forma boa ou ruim. Acontece que algumas pessoas permanecem por um longo período, enquanto outras têm apenas um tempo curto dentro da nossa trajetória. A vida, às vezes, gosta de nos afastar de certas pessoas e nem sempre isso é algo bom. Porém, muitas vezes, somos nós que precisamos dar fim a um vínculo que já não é mais saudável.

Durante minha infância, uma das coisas que minha mãe mais falava era sobre a importância de escolher nossos amigos, pois eles têm grande influência na formação das nossas opiniões. Minha mãe, uma mulher simples, mas de grande sabedoria, só Deus sabe o quanto eu sentia raiva dela por me obrigar a me afastar de amigos que ela não aprovava. Naquele tempo eu não entendia, mas hoje consigo perceber o quanto ela foi sábia em me privar de algumas amizades. Tenho certeza de que essa sabedoria me poupou de muitas confusões naquela época e também ao longo de toda a minha vida.

Foi com essa sabedoria, que na juventude eu não compreendia, que acabei me tornando mais seletivo nas minhas amizades e nas pessoas que mantenho por perto. Existem pessoas que podem parecer um pouco “malucas”, mas têm um bom coração e realmente querem o nosso bem. Por outro lado, existem aquelas que sorriem na sua frente, mas escondem uma faca afiada para apunhalar pelas costas. Nem sempre é fácil distinguir quem merece ou não estar em nossa vida, mas, com o tempo e um pouco de sabedoria adquirida pela experiência, aprendemos a perceber isso.

Não faz muito tempo, por volta de 2020, em meio à pandemia, encerrei uma amizade que vinha desde a minha infância. Não era uma pessoa que estava sempre presente, mas nos encontrávamos com frequência e era sempre agradável estar com esse amigo. Pouco antes da pandemia, eu tinha aberto um empreendimento de estamparia de camisas, e esse meu amigo morava em uma casa cujo andar de baixo era um galpão de propriedade de seu cunhado, o espaço perfeito para montar toda a nossa estrutura. Ele cuidou de toda a parte burocrática e, depois que a estamparia estava funcionando, sempre aparecia para conversar comigo e com meus sócios.

Tudo ia bem, até que ele decidiu abrir sua própria marca de roupas, para a qual nós ficamos responsáveis pelas estampas. Notei que, sempre que eu estava sozinho na fábrica, ele surgia com comentários maliciosos sobre meus sócios, apontando defeitos e tentando me influenciar contra eles. Era fofoca, e eu detesto fofoca. Percebi que sua intenção era me convencer a dispensar meus sócios para abrir sociedade apenas com ele, o que ele acabou confirmando algumas semanas depois. A partir dali, comecei a evitar contato. Afinal, mesmo que ele fosse meu amigo, meus sócios também eram, e esse tipo de atitude me deixou com um pé atrás.

Ele percebeu meu afastamento, mas a amizade só terminou de vez, quando descobri, em uma conversa com o cunhado dele, dono do imóvel, que meu “amigo” tinha combinado valores diferentes de aluguel. Ele cobrava mais caro de nós, repassava o valor correto ao cunhado e ficava com a diferença. Um sujeito que vivia dizendo que estava nos ajudando, na verdade, tirava vantagem pelas nossas costas. Não haveria problema algum se tivesse sido honesto e explicado antes, mas ele preferiu mentir e se vangloriar de algo que não correspondia à realidade.

Nem preciso dizer que, depois desse dia, nunca mais falei com ele. Após algumas tentativas frustradas de contato, ele percebeu que a amizade tinha acabado ali. Simplesmente deixei de falar com ele, sem desculpas esfarrapadas, sem explicações, ele sabia muito bem o motivo.

Era uma pessoa por quem eu tinha imenso carinho, mas a confiança é a base de qualquer relacionamento, até mesmo das amizades. E, uma vez quebrada, não há volta. Talvez eu pudesse perdoar, talvez até voltar a falar com ele um dia, mas nunca mais seria a mesma coisa. A confiança, essa sim, nunca mais teria de volta.

Se eu pudesse reverter isso? Acredito que não. Algumas coisas precisam acontecer para nos dar experiência e nos ensinar a lidar melhor com situações parecidas no futuro. Assim como dizia minha mãe, é preciso escolher bem as amizades e saber quem mantemos ao nosso lado. Afinal, a traição nunca vem de um inimigo, mas sempre de alguém próximo.

---

Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

---