The pages of life [EN/PT]

Life is a blank book, written by the main character of that story. In it, there are surprises, emotions, happiness, achievements, and pain. We are responsible for most of our decisions, but in the midst of this narrative, written daily, we are occasionally hurt and sometimes hurt others. Scars are not always forgotten and shape who we are. And, through something someone did to us, we sometimes end up hurting someone else. Is it a cycle of pain?

Well, who has never been hurt by someone else? Life has these things, and we will never come out of this journey unscathed. At times, we will be licking our wounds, remembering what happened, and hoping it never happens again. But it's not easy to let go of trauma. We may forget it for a while, but all it takes is a trigger, a detail, and everything comes flooding back. Overcoming the bad parts of our lives is difficult, but as natural as the events that mark us. If we don't get rid of them somehow, it's like a wound that never heals, the pain will always be there, bothering us.

It is necessary to let go of this. If we hurt other people because of past traumas, be patient, wounds are not always completely healed, and we must take care of them so that they are not only reopened, but also so that they do not create others that overlap with what has already happened. This does not mean that anyone is to blame, sometimes things just happen, and often chance is responsible. What can you do? That's life.

I believe that everyone carries wounds within themselves that may have healed, but remain fragile and, from time to time, open up and bleed. Of course, it is necessary to deal with this, and not just accept that “that's the way it is.” Seeking help and exposing this experience, or the feelings it provokes, can mitigate the consequences and prevent these wounds from reopening. Empathy is needed. Only those who go through bad experiences know what it feels like to feel pain. The greatest fear of those who carry these scars is reliving them. Therefore, it is necessary to understand and seek solutions so that this suffering is not reactivated.

If old wounds cause even more pain, something needs to be done. It is not fair that other people pay the price for past mistakes. But who does not carry pain with them? When faced with the first difficulties, should we give up? No. It is necessary to find a solution, and empathy can be a great ally in situations like this. In any case, life is written this way, with pain, trauma, and bad situations on one side, but with good emotions on the other, balancing everything out. Those who do not experience ups and downs in this oscillation of events are not truly living. It is difficult to forget and heal, but just as bad things happen, good things also arise. The problem is that trauma tends to keep us stuck in the bad.

So even though it's difficult, forgetting is a big step. History continues to be written: the lines are sometimes crooked, but the pages are always turned. It is on these pages that we record new experiences, leaving behind those that created the context but no longer need to be part of the present or the future.

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Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

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A vida é um livro em branco, escrito pelo próprio personagem principal dessa história. Nela, há surpresas, emoções, felicidade, conquistas e dores. Somos responsáveis pela maior parte de nossas decisões, mas, em meio a essa narrativa, escrita diariamente, ocasionalmente somos machucados e, às vezes, machucamos outras pessoas. As cicatrizes nem sempre são esquecidas e moldam quem somos. E, através de algo que alguém nos fez, por vezes acabamos ferindo outra pessoa. É um ciclo de dor?

Bem, quem nunca foi machucado por outra pessoa? A vida tem dessas coisas e nunca sairemos ilesos dessa caminhada. Em alguns momentos, estaremos lambendo nossas feridas, relembrando o que aconteceu e torcendo para que nunca mais se repita. Mas não é fácil abandonar um trauma, podemos até esquecê-lo por algum tempo, mas basta um gatilho, um detalhe, e tudo volta à memória. Superar as partes ruins de nossas vidas é difícil, mas tão natural quanto os acontecimentos que nos marcam. Se não nos livrarmos delas de alguma forma, é como uma ferida que nunca cicatriza, a dor estará sempre ali, incomodando.

É necessário desprender-se disso. Se machucamos outras pessoas por causa de traumas passados, paciência, nem sempre as feridas estão totalmente cicatrizadas, e é preciso cuidar delas para que não sejam apenas reabertas, mas também para que não criem outras sobrepostas ao que já aconteceu. Isso não significa que alguém tenha culpa, às vezes, as coisas simplesmente acontecem, e muitas vezes o acaso é o responsável. Fazer o quê? São coisas da vida.

Acredito que todas as pessoas carregam dentro de si feridas que podem até estar cicatrizadas, mas permanecem frágeis e, de vez em quando, se abrem e sangram. Claro que é necessário lidar com isso, e não apenas aceitar que as coisas “são assim”. Buscar ajuda e expor essa experiência, ou os sentimentos que ela provoca, pode amenizar as consequências e evitar que essas feridas se reabram. É preciso empatia. Apenas quem passa por experiências ruins sabe como é sentir dor. O maior medo de quem carrega essas marcas é revivê-las. Por isso, é necessário compreender e buscar soluções para que esse sofrimento não seja reativado.

Se feridas causadas trazem ainda mais dor, algo precisa ser feito. Não é justo que outras pessoas paguem o preço de erros do passado. Mas quem não carrega dor consigo? Diante das primeiras dificuldades, desistir? Não. É necessário encontrar uma solução e a empatia pode ser uma grande aliada em situações assim. De todo modo, a vida é escrita dessa forma, com dores, traumas e situações ruins de um lado, mas com boas emoções do outro, equilibrando tudo. Quem não passa por altos e baixos nessa oscilação de acontecimentos, não está vivendo de verdade. É difícil esquecer e se curar, mas, da mesma forma que coisas ruins acontecem, coisas boas também surgem. O problema é que os traumas tendem a nos prender ao que é ruim.

Por isso, mesmo que seja difícil, esquecer é um grande passo. A história continua sendo escrita: as linhas, às vezes tortas, mas as páginas sempre viradas. É nelas que gravamos novas experiências, deixando para trás aquelas que criaram o contexto, mas que não precisam mais fazer parte do presente, nem do futuro.

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Credits:

Translated: Deepl
Cover: created by Canva.

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