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Hoje, 28 de julho de 2023, participo do concurso Tell me a Story - Week 22 para marcar os 85 anos da morte de um dos personagens mais emblemáticos e controversos da história do Brasil: Lampião, o lendário cangaceiro.
Vamos mergulhar neste personagem icônico do sertão nordestino. Sua trajetória carrega mistérios, lendas e um legado que atravessa gerações. Convido você a acompanhar essa fascinante jornada pelo universo do cangaço e conhecer mais sobre a figura que deixou uma marca indelével na cultura e na memória coletiva do nosso país. Prepare-se para embarcar em uma viagem no tempo e desvendar os enigmas de Lampião!
Era uma tarde escaldante em algum lugar do sertão nordestino, e o sol parecia sorrir com intensidade, espalhando seus raios dourados por toda a paisagem árida. Ali estava Lampião, o temido cangaceiro, em busca de um refúgio para descansar sob a sombra de alguma árvore. A caminhada parecia longa, e o fardo de ser um fora-da-lei, o líder do bando de cangaceiros mais temido da região, pesava em sua mente.
Havia almoçado em pé, caminhando, para chegar logo a um descanso. Sentiu profunda vontade de se deitar em uma rede e fumar um cigarro, talvez naquele dia tranquilamente. Pensou se não seriam as constantes perseguições ou a busca incansável por liberdade e justiça que o fizesse buscar momentos de trégua. Seja como for, o cheiro da fumaça que dançava pelo ar não passou despercebido por seus sentidos.
Ele caminhava com passos firmes, e seus olhos astutos pareciam notar cada movimento, cada sombra, cada ameaça potencial. Foi quando avistou ao longe, sob a copa de uma árvore retorcida, um sujeito solitário, que soltava tranquilamente baforadas de fumaça para o céu.
Curioso, Lampião se aproximou cautelosamente. Seus passos eram como os de uma pantera, que avança em silêncio na imensidão selvagem. O homem fumante, alheio à aproximação do lendário cangaceiro, nada notou.
Ao chegar a uma distância segura, Lampião pigarreou e falou com voz rouca e firme:
- O senhor então gosta de fumar?
O homem teve um sobressalto, tremeu como vara verde, olhos arregalados fixos na figura improvável de Lampião. Era como se estivesse diante de si um fantasma.
O cangaceiro, por sua vez, percebeu o pavor no semblante do homem. Ajeitou calmamente as armas na cintura, acariciou levemente a peixeira e, num misto de curiosidade e diversão, perguntou:
- Perdeu a língua, homem? Perguntei se gosta de fumar, vai me responder ou não?
O sujeito transtornado tentou recobrar a respiração e lutou para manter alguma calma diante daquele encontro inesperado. Impossível:
- Fumo, gosto sim, senhor Lampião! Mas, se quiser, deixo de gostar agora mesmo!", respondeu impulsiva e covardemente, nervoso, com a voz trêmula.
Lampião não pôde conter um sorriso maroto. A ideia de aterrorizar um desconhecido fez graça no seu dia, e ele até se esquecera da longa caminhada e do cansaço.
O sol se despedia no horizonte, pintando o céu com cores deslumbrantes. E a vida seguiu seu curso, Lampião continuou sua jornada, deixando para trás o rastro de poeira levantado pelos cascos dos cavalos.
Todas as imagens estão sob licença de domínio público, e não têm restrições de direitos autorais.
Today, July 28, 2023, I participate in the contest Tell me a Story - Week 22 to mark the 85th anniversary of the death of one of the most emblematic and controversial characters in Brazilian history: Lampião, the legendary bandity.
Let's dive into this iconic character of the brazilina Northeastern hinterland. His trajectory carries mysteries, legends and a legacy that crosses generations.
I invite you to follow this fascinating journey through the universe of the cangaço and learn more about the figure who left an indelible mark on the culture and collective memory of our country. Get ready to embark on a journey through time and unravel the enigmas of Lampião!
It was a scorching afternoon somewhere in the northeastern hinterland, and the sun seemed to smile brightly, spreading its golden rays across the arid landscape. There was Lampião, the feared cangaceiro, in search of a refuge to rest under the shade of some tree. The walk seemed long, and the burden of being an outlaw, the leader of the most feared band of cangaceiros in the region, weighed heavily on his mind.
He had eaten his lunch standing up, walking, to get to a rest soon. He felt a deep desire to lie down in a hammock and smoke a cigarette, perhaps that day in peace. He wondered if it was the constant persecution or the relentless pursuit of freedom and justice that made him seek moments of respite. In any case, the smell of smoke dancing through the air did not go unnoticed by his senses.
He walked with steady steps, and his shrewd eyes seemed to notice every movement, every shadow, every potential threat. That was when he spotted in the distance, under the crown of a twisted tree, a lone fellow, quietly puffing smoke into the sky.
Curious, Lampião approached cautiously. His steps were like those of a panther, which advances silently in the wilderness. The smoking man, oblivious to the approach of the legendary cangaceiro, noticed nothing.
When he reached a safe distance, Lampião snorted and spoke in a hoarse, firm voice:
- Do you like smoking then?
The man had a jolt, trembled like a green stick, his wide eyes fixed on the improbable figure of Lampião. It was as if a ghost was standing before him.
The cangaceiro, in turn, noticed the dread on the man's countenance. He calmly adjusted the weapons in his waistband, lightly stroked the tomahawk and, in a mixture of curiosity and amusement, asked:
- Have you lost your tongue, man? I asked you if you like smoking, are you going to answer me or not?
The upset subject tried to recover his breathing and struggled to maintain some calm in the face of that unexpected encounter. Impossible:
- I smoke, I like it, Mr. Lampião! But, if you want, I'll stop liking it right now!", he answered impulsively and cowardly, nervously, his voice trembling.
Lampião could not contain a mischievous smile. The idea of terrorizing a stranger made his day funny, and he had even forgotten about the long walk and his tiredness.
The sun was saying goodbye on the horizon, painting the sky with dazzling colors. And life took its course, Lampião continued his journey, leaving behind the trail of dust raised by the horses' hooves.
All images are under public domain license, and have no copyright restrictions.
Hola a todos.
Hoy, 28 de julio de 2023, participo en el concurso Tell me a Story - Week 22 con motivo del 85º aniversario de la muerte de uno de los personajes más emblemáticos y controvertidos de la historia de Brasil: Lampião, el legendario cangaceiro.
Sumerjámonos en este personaje icónico del interior del noreste. Su trayectoria encierra misterios, leyendas y un legado que atraviesa generaciones. Le invito a seguir este fascinante viaje por el universo del cangaço y a saber más sobre la figura que dejó una huella indeleble en la cultura y la memoria colectiva de nuestro país. ¡Prepárese para embarcarse en un viaje a través del tiempo y desentrañar los enigmas de Lampião!
Era una tarde abrasadora en algún lugar del interior del nordeste, y el sol parecía sonreír con fuerza, esparciendo sus rayos dorados por el árido paisaje. Allí estaba Lampião, el temido cangaceiro, en busca de un refugio para descansar a la sombra de algún árbol. La caminata parecía larga, y la carga de ser un forajido, el líder de la banda de cangaceiros más temida de la región, pesaba mucho en su mente.
Había almorzado de pie, caminando, para poder descansar pronto. Sintió un profundo deseo de tumbarse en una hamaca y fumar un cigarrillo, tal vez aquel día en paz. Se preguntó si era la persecución constante o la búsqueda incesante de la libertad y la justicia lo que le hacía buscar momentos de respiro. En cualquier caso, el olor del humo danzando por el aire no pasó desapercibido a sus sentidos.
Caminaba con paso firme, y sus ojos sagaces parecían fijarse en cada movimiento, en cada sombra, en cada amenaza potencial. Fue entonces cuando divisó a lo lejos, bajo la copa de un árbol retorcido, a un tipo solitario, que echaba humo tranquilamente hacia el cielo.
Curioso, Lampião se acercó con cautela. Sus pasos eran como los de una pantera, avanzando silenciosamente en el desierto. El fumador, ajeno a la aproximación del legendario cangaceiro, no notó nada.
Cuando llegó a una distancia segura, Lampião resopló y habló con voz ronca y firme:
- O senhor então gosta de fumar?
El hombre se sobresaltó, temblando como un palo verde, con los ojos muy abiertos fijos en la improbable figura de Lampião. Era como si un fantasma estuviera ante él.
El cangaceiro, por su parte, se dio cuenta del pavor en el semblante del hombre. Se ajustó con calma las armas en la cintura, acarició ligeramente el tomahawk y, con una mezcla de curiosidad y diversión, preguntó:
- ¿Has perdido la lengua, tío? Te he preguntado si te gusta fumar, ¿me vas a contestar o no?
El alterado muchacho trató de recuperar la respiración y luchó por mantener cierta calma ante aquel inesperado encuentro. Imposible:
- ¡Yo fumo, me gusta, Sr. Lampião! Pero, si quiere, ¡dejo de gustarme ahora mismo!", respondió impulsivo y cobarde, nervioso, con la voz temblorosa.
Lampião no pudo contener una sonrisa maliciosa. La idea de aterrorizar a un desconocido le alegraba el día, e incluso se había olvidado de la larga caminata y de su cansancio.
El sol se despedía en el horizonte, pintando el cielo con colores deslumbrantes. Y la vida siguió su curso, Lampião continuó su camino, dejando atrás el rastro de polvo levantado por los cascos de los caballos.
Todas las imágenes están bajo licencia de dominio público y no tienen restricciones de copyright.
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