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Life is truly a box of surprises, and random and unexpected things can happen to us or to those around us. Simple everyday tasks can end in fatalities. There are several types of accidents that can lead to the need for medical attention or first aid immediately after the incident.

These accidents can happen in traffic, at work, and especially at home. Domestic accidents seem to occur more frequently because we relax and feel safer at home. However, various situations can occur, such as slipping in the bathroom, falling down a ladder, choking during a meal, and so on.

In many of these cases, the victim may require first aid, but most people are unprepared. Often, at the time of the accident, people don't know what to do and, instead of helping, end up worsening the situation and worsening the victim's condition.

There are situations in which nothing should be done, for example, in traffic accidents. If the victim is seriously injured, they may have internal fractures—such as chest bones piercing the lung. Moving them or trying to lift them can cause bleeding. In these cases, it's best to talk to the victim to keep them conscious and calm until help arrives.

I remember that, a long time ago, I took a vocational electrical course, and in one of the modules, we had the privilege of taking first aid classes, both theoretical and practical. We learned several life-saving procedures in emergency situations. For example, in cases of drowning, the correct procedure is to perform cardiac massage, not mouth-to-mouth resuscitation, as often seen in movies. This technique is only recommended with family members, as performing it on strangers can expose the person to the risk of contracting diseases like herpes or HIV.

We also learned how to make splints to immobilize fractures in the upper or lower limbs, and even how to apply tourniquets in cases of amputation. Many procedures were practiced in class; others were only seen in theory.

However, any skill that isn't practiced frequently ends up being forgotten. This is my case: despite having received this training, since I haven't practiced it or needed to apply it in real situations, I probably won't know how to act correctly in an emergency.

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Furthermore, I'm someone who doesn't handle blood or someone in intense pain well. In these situations, I get tense, and people like that, instead of helping, can end up hindering me. I remember an incident during my internship: I was climbing a staircase when a man was coming down. As I greeted him, he lost his balance, slipped, and hit his head hard on the wall. At that moment, I was paralyzed, frozen, and even thought it might have been my fault, indirectly, for distracting him. Fortunately, other people present were able to act quickly and take him to the hospital. For a moment, I thought I could have caused something much more serious.

Unfortunately, most people are not prepared to deal with emergency situations. Some because they've never received training, others because they lack the skills or are unable to remain calm in such situations. The reality is that each person has their own limitations and affinities, and everyone must act within their own limits. Ultimately, it's "to each their own."

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A vida é realmente uma caixinha de surpresas, e coisas aleatórias e inesperadas podem acontecer conosco ou com pessoas à nossa volta. Tarefas simples do dia a dia podem acabar em fatalidade. Existem vários tipos de acidentes que podem nos levar a precisar de atendimento médico ou de primeiros socorros logo após a ocorrência do fato.

Esses acidentes podem acontecer no trânsito, no ambiente de trabalho e, principalmente, em casa. Os acidentes domésticos parecem ocorrer com maior frequência, pois dentro do lar relaxamos e nos sentimos mais seguros. Entretanto, diversas situações podem ocorrer, como escorregar no banheiro, cair de uma escada, engasgar durante uma refeição, entre outras.

Em muitos desses casos, a vítima pode necessitar de primeiros socorros, mas a maioria das pessoas não está preparada. Muitas vezes, no momento do acidente, as pessoas não sabem como agir e, em vez de ajudar, acabam piorando a situação e agravando o estado da vítima.

Há situações em que nada deve ser feito, por exemplo, em acidentes de trânsito. Se a vítima estiver gravemente ferida, ela pode ter fraturas internas — como ossos do tórax perfurando o pulmão. Movê-la ou tentar levantá-la pode causar uma hemorragia. Nesses casos, o mais indicado é conversar com a vítima para mantê-la consciente e calma até a chegada do socorro.

Lembro que, há muito tempo, fiz um curso profissionalizante de eletricidade e, em um dos módulos, tivemos o privilégio de ter aulas de primeiros socorros, tanto teóricas quanto práticas. Aprendemos diversos procedimentos para salvar vidas em situações de emergência. Por exemplo, em casos de afogamento, o correto é realizar a massagem cardíaca, e não a respiração boca a boca, como muitas vezes vemos em filmes. Essa técnica só é recomendada com familiares, já que fazê-la em desconhecidos pode expor a pessoa a riscos de contágio de doenças como herpes ou HIV.

Também aprendemos a confeccionar talas para imobilizar fraturas em membros superiores ou inferiores, e até mesmo a fazer torniquetes em casos de amputação. Muitos procedimentos foram praticados em aula; outros, apenas vistos na teoria.

No entanto, qualquer habilidade que não é treinada com frequência acaba sendo esquecida. É o meu caso: apesar de ter recebido esse treinamento, como não pratiquei nem precisei aplicá-lo em situações reais, provavelmente não saberei agir corretamente em uma emergência.

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Além disso, sou uma pessoa que não consegue lidar bem com sangue ou com alguém em dor intensa. Nessas situações fico tenso, e pessoas assim, em vez de ajudar, podem acabar atrapalhando. Recordo-me de um episódio durante meu estágio: eu subia uma escada quando um senhor vinha descendo. Ao cumprimentá-lo, ele acabou se desequilibrando, escorregou e bateu a cabeça fortemente na parede. No momento, fiquei paralisado, gelado, e pensei até que a culpa poderia ter sido minha, indiretamente, por distraí-lo. Felizmente, outras pessoas que estavam presentes conseguiram agir rapidamente e o levaram ao hospital. Por alguns instantes, pensei que poderia ter causado algo muito mais grave.

Infelizmente, a maioria das pessoas não está preparada para lidar com situações de emergência. Algumas porque nunca receberam treinamento, outras porque não têm afinidade ou não conseguem manter a calma nesses momentos. A realidade é que cada pessoa possui suas próprias limitações e afinidades, e todos devem agir dentro daquilo que lhes convém. No fim das contas, é “cada um no seu quadrado”.

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