[PT/EN/ES] Sêneca leu Mathias Ayres, e você? [Seneca has read Mathias Ayres, have you? / Séneca leyó a Mathias Ayres, ¿y tú?]

(edited)


English below // Espanhol abajo


"Não há maior injúria que o desprezo; e é porque o desprezo todo se dirige e ofende a vaidade".

Olá a todos!

No mundo agitado de hoje, a prática e racional filosofia estoica vem conquistando seguidores fervorosos, influenciando mentes e moldando perspectivas. No entanto, enquanto muitos mergulham nas lições de Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio, poucos já ouviram falar de Mathias Ayres.

Patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras, e da cadeira de nº 3 da Paulista1, este filósofo brasileiro, cujas ideias transcendem a sua época, oferece reflexões profundas sobre a natureza humana, a vaidade, e a busca pela verdade. Em meio ao atual hype da filosofia estoica, é uma oportunidade única revisitar as reflexões de um pensador igualmente profundo, e enriquecer nossa compreensão do mundo, olhando através das lentes de um legado filosófico genuinamente brasileiro.

Mas porque os Estoicos leriam Mathias Ayres?

Antes de começarmos nossa exploração, vale a pena esclarecer que essa é uma brincadeira provocativa, considerando que Mathias Ayres e Sêneca viveram em épocas muito distantes. No entanto, num universo imaginário, podemos pensar como Mathias Ayres, com sua visão única da vaidade humana e da complexidade social, poderia ter inspirado os pilares fundamentais do estoicismo.

Embora esse encontro fosse impossível de acontecer, vamos mergulhar nessa divertida jornada por cinco reflexões de Mathias Ayres que poderiam ter cativado a mente estoica, se o tempo e o espaço assim permitissem.

1. A VAIDADE INTERIOR

"Contra o nosso parecer nunca achamos dúvida bastante, contra o dos outros sim. A vaidade é engenhosa em glorificar tudo que vem de nós, e em reprovar tudo que vem dos outros."


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O pensamento de Mathias Ayres sobre a vaidade interior fala da tendência humana de valorizar excessivamente as próprias opiniões e conquistas enquanto minimiza as perspectivas e realizações dos outros.

Os estoicos também enfatizam a importância de avaliar as crenças e impressões com objetividade, evitando a perigosa influência do ego. Eles acreditam que a verdadeira sabedoria surge da autodisciplina e da autocrítica, reconhecendo que a visão muitas vezes é atrapalhada pela vaidade e pela tendência a engrandecer e enaltecer a si mesmo.

Assim como Mathias Ayres destaca a habilidade da vaidade em distorcer os julgamentos, os estoicos incentivam a discernir entre o que está sob controle e o que não está, evitando apegos excessivos tanto às opiniões próprias, quanto à inclinação a desconsiderar as dos outros. Ambos os pensamentos pedem a adoção de uma postura mais humilde e a consideração das complexidades da mente humana na busca da sabedoria e do autodomínio.

2. A SIMULAÇÃO SOCIAL

"Há homens que representam o seu verdadeiro ser e outros que só representam o seu parecer."


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Mathias Ayres trata da diferença entre aqueles que agem de acordo com sua verdadeira essência e os que apenas desempenham um papel social, ressaltando a importância da sinceridade nas relações humanas.

Os estoicos também valorizam a autenticidade e a congruência entre pensamentos, palavras e ações. Eles dizem que viver de acordo com a própria natureza é essencial para alcançar a tranquilidade interior. O estoicismo encoraja a cultivar uma personalidade íntegra e sincera, sem se deixar levar pela pressão social ou pelas expectativas dos outros.

Assim como Mathias Ayres destaca a diferença entre aqueles que mostram verdadeiramente quem são e os que apenas se baseiam em aparências, os estoicos aconselham a viver de maneira autêntica e enfrentar o mundo com honestidade e coragem. Ambos os pensamentos destacam a importância de manter a concordância entre o eu interior e o eu exterior, buscando a harmonia consigo mesmo e com os outros.

3. A COMPLEXIDADE HUMANA

"O homem é de tal maneira composto, que em cada um de seus extremos se opõem qualidades contrárias."


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O pensamento trata da diversidade da natureza humana e da coexistência de qualidades contraditórias dentro de cada indivíduo.

Os estoicos também reconhecem a dualidade inerente à natureza humana. Eles ensinam que, dentro de cada pessoa, há uma batalha entre as paixões e a razão, entre o desejo e a virtude. A filosofia estoica busca equilibrar essas forças opostas, aprimorando o domínio sobre as emoções e guiando a vida em direção à virtude e à tranquilidade.

Assim como Mathias Ayres percebe que os extremos humanos podem ter qualidades opostas, os estoicos também enxergam essa dualidade e buscam a harmonia interna por meio do autocontrole e da autodisciplina. Ambos os pensamentos dizem que a jornada rumo à virtude e ao autoconhecimento envolve reconhecer e integrar as diversas faces de nossa natureza complexa.

4. A BUSCA PELA FELICIDADE

"Felicidade nunca é um lugar remoto, mas sim um modo de viajar."


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Mathias Ayres sugere que a felicidade não é um destino distante, mas um longo caminho que se escolhe percorrer, e é uma visão inspiradora sobre como a verdadeira felicidade não está apenas em conquistar bens materiais, mas sim em abraçar a jornada da vida.

Os estoicos compartilham uma visão similar, destacando que a felicidade não é determinada por circunstâncias externas, mas sim pela maneira como interpretamos e reagimos ao mundo ao nosso redor. Eles enfatizam a importância de cultivar virtudes e desenvolver resiliência, independentemente das situações externas.

Assim como Mathias Ayres considerar a felicidade como um estado interno que se pode construir, os estoicos incentivam uma vida em que se encontre contentamento e serenidade através do controle sobre as atitudes e percepções. Ambos os pensamentos enfatizam que a felicidade não é um ponto de chegada, mas uma forma de viajar conscientemente pela existência.

5. A SATISFAÇÃO INTERIOR

"A satisfação própria, que a alma recebe, é como um espelho em que nos vemos superiores aos mais homens pelo bem que obramos, e nisso consiste a vaidade de obrar o bem."


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Mathias Ayres fala de como a satisfação interior de fazer o bem pode estar ligada à vaidade, destacando como a prática de boas ações pode influenciar na autoimagem e percepção em relação aos outros. O filósofo aponta para a complexidade da nossa motivação ao fazer o bem, reconhecendo que a satisfação pessoal pode sim ser motivada pela vaidade. Ele também destaca a importância de olhar além do reconhecimento externo e da recompensa para buscar a virtude.

Os estoicos compartilham essa preocupação com a motivação por trás das ações. Eles enfatizam que a verdadeira virtude está em agir pelo bem em si, sem se preocupar excessivamente com a aprovação dos outros ou com recompensas materiais. Os estoicos acreditam que a real felicidade vem de um compromisso interno com a virtude, e não de ganhos externos ou vaidade.

Assim como Mathias Ayres destaca a relação entre a satisfação própria e a vaidade ao fazer o bem, os estoicos lembram da importância de cultivar a virtude desinteressada, aonde a satisfação vem da coerência interna e da realização moral, e não da aprovação externa. Ambos os pensamentos convidam a refletir sobre as motivações que impulsionam as ações e a buscar uma abordagem mais alinhada com a autenticidade e a virtude.

E você, porque leria Mathias Aires?

Nesta exploração imaginativa das possíveis conexões filosóficas entre Mathias Ayres e a filosofia estoica, encontramos reflexões profundas que transcendem as barreiras do tempo. Enquanto Mathias Ayres, um filósofo brasileiro do século XVII da era Cristã, revela a complexidade da natureza humana e a influência da vaidade em nossas ações, os estoicos, filósofos atenienses do século IV a.C,. trazem à tona princípios eternos de autenticidade, virtude e controle interior.

Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio não leram Mathias Aires. E também Zenão de Cítio e Crisipo não o leram, mas a brincadeira intelectual nos leva a explorar as similaridades e os contrastes entre esses pensamentos separados por mais de 20 séculos. Nesse diálogo hipotético, o desafio é questionar as próprias motivações, abraçar a autenticidade, cultivar virtudes e buscar uma jornada interior em direção à serenidade e à sabedoria.

Ao unir esses dois universos, não apenas enriquecemos nossa compreensão da condição humana, mas também reconhecemos o valor de um pensador brasileiro em nosso cenário filosófico. Mathias Ayres, com suas reflexões perturbadoras, se torna um convite à valorização de nossa própria herança intelectual, uma voz a ser lembrada e reconhecida como parte do rico patrimônio cultural do Brasil.

Mas afinal, quem foi Mathias Ayres?

Mathias Ayres Ramos da Silva de Eça foi um filósofo, Cavaleiro da Ordem de Cristo e escritor luso-brasileiro, nato do Brasil Colonial, então parte do Reino de Portugal. Nascido em 27 de março de 1705, uma época em que o Brasil se agitava com a mescla de culturas e com o rompimento das fronteiras étnicas e sociais, sua trajetória mostra não apenas lucidez, mas também resiliência. Filho de um padre português e uma escrava africana, sua ascendência improvável o levou a uma jornada que desafiou as barreiras sociais e raciais. Seu pensamento está eternizado nas obras "Reflexões sobre a Vaidade dos Homens" e "Carta sobre a Fortuna".

Sagrada Família (1664), de Josefa de Óbidos
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Ele tinha uma visão de mundo muito parecida com a dos pensadores Barrocos: para ele, a vida é um grande palco no qual nós atores representamos o drama existencialista da vida, e cujas cortinas são a final fechadas pela morte inexorável.

“Quem são os homens mais do que a aparência de teatro? A vaidade e a fortuna governam a farsa desta vida. Ninguém escolhe o seu papel, cada um recebe o que lhe dão.

Aquele que sai sem fausto nem cortejo e que logo no rosto indica que é sujeito à dor, à aflição, à miséria, esse é o que representa o papel de homem.

A morte, que está de sentinela, em uma das mãos segura o relógio do tempo. Na outra, a foice fatal. E com esta, em um só golpe, certeiro e inevitável, dá fim à tragédia, fecha a cortina e desaparece.”

"Reflexões sobre a Vaidade dos Homens": Um tributo à natureza humana e à influência da época

O livro "Reflexões sobre a Vaidade dos Homens", uma das obras-primas de Mathias Ayres, merece atenção especial. Dedicado ao Rei de Portugal, traz as devidas Licenças do Santo Ofício, uma demonstração das delicadas relações entre a filosofia e as autoridades religiosas da época. Falar dessas Licenças não só relembra a importância da aprovação eclesiástica, mas também mostra muito da atmosfera da época.

Apesar de pleno século XVIII, a Santa Inquisição ainda era forte, moldando os padrões de pensamento e influenciando as manifestações intelectuais. A inclusão desses detalhes nos convida a refletir sobre o equilíbrio entre a busca pela verdade e as limitações impostas na época.

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Contexto Histórico: Brasil, Europa e Portugal no início do século XVIII

Para compreender plenamente as ideias e a obra de Mathias Ayres, é essencial contextualizar a época em que ele viveu, tanto no Brasil colônia quanto na Europa. No século XVIII, o mundo estava passando por profundas transformações sociais, políticas e culturais, criando um cenário agitado que influenciou muito o pensamento da época.


O Brasil colonial, onde Mathias Ayres nasceu e viveu, ainda estava sob domínio português. Era marcado por uma sociedade estratificada, com divisões rígidas entre colonizadores europeus, populações indígenas e africanas escravizadas. Essa mistura de culturas gerou tensões e complexidades únicas. A economia brasileira girava em torno da produção de açúcar, tabaco e mineração, influenciando as relações sociais e políticas. O Brasil também foi palco de disputas territoriais entre as potências coloniais europeias, o que impactou significativamente a vida cotidiana e as oportunidades de mobilidade social.


Na Europa, o século XVIII testemunhou o Iluminismo, um movimento intelectual que enfatizava a razão, o conhecimento científico e os direitos individuais. Essas ideias moldaram a forma como as pessoas viam o mundo. Filósofos iluministas como Voltaire, Rousseau e Locke influenciaram as discussões sobre política, ética e liberdade. Ao mesmo tempo, muitos países europeus estavam envolvidos em conflitos e guerras, com lutas pelo poder que repercutiam em todo o continente.


Em Portugal, Mathias Ayres estava conectado ao contexto político e intelectual europeu. No entanto, Portugal também enfrentava desafios internos, incluindo a influência da Igreja Católica e os efeitos das reformas pombalinas. Durante o reinado de Dom José I, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, buscou modernizar o país e reformar instituições, enquanto enfrentava a resistência conservadora.


Neste cenário, as reflexões filosóficas de Mathias Ayres sobre a vaidade humana e a sociedade ganham profundidade e relevância. Seus escritos refletem tanto as questões locais do Brasil colonial quanto as influências intelectuais e os desafios globais que marcaram sua época. A compreensão desse contexto histórico nos permite admirar ainda mais a originalidade e a ressonância duradoura de suas ideias.

As contribuições filosóficas de Mathias Ayres transcendem sua própria época, abrindo oportunidade para reflexões profundas sobre a vaidade humana e a sociedade. Suas ideias podem ter ficado nas sombras da história convencional, mas sua obra ecoa como um farol, iluminando nosso caminho para uma melhor e mais profunda compreensão do ser humano e de sua interação com o mundo.

As páginas de suas obras convidam a questionar as motivações, a explorar a complexidade das interações humanas e a abraçar a diversidade de ideias. Neste processo, percebemos que a busca pela verdade e a compreensão da condição humana são missões atemporais, moldadas pelas complexidades de cada época e enriquecidas pela pluralidade de perspectivas.

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[EN]

"There is no greater injury than contempt; and this is because contempt is all self-directed and offends vanity."

Hello everyone!

In today's fast-paced world, the practical and rational Stoic philosophy has gained ardent followers, influencing minds and shaping perspectives. But while many immerse themselves in the teachings of Seneca, Epictetus, and Marcus Aurelius, few have heard of Mathias Ayres.

Patron of the 6th Chair of the Brazilian Academy of Letters and the 3rd Chair of the Paulista Academy1, this Brazilian philosopher, whose ideas transcend his time, offers profound reflections on human nature, vanity, and the search for truth. Amidst the current hype of Stoic philosophy, this is a unique opportunity to revisit the reflections of an equally profound thinker and enrich our understanding of the world through the lens of a truly Brazilian philosophical legacy.

But why would the Stoics read Mathias Ayres?

Before we begin our exploration, it is worth clarifying that this is a provocative joke, given that Mathias Ayres and Seneca lived in very distant times. However, in an imaginary universe, we can consider how Mathias Ayres, with his unique view of human vanity and social complexity, might have inspired the fundamental pillars of Stoicism.

Although such an encounter was impossible, let's immerse ourselves in this entertaining journey through five reflections by Mathias Ayres that might have captivated the Stoic mind, time and space permitting.

1. THE VANITY WITHIN

"We never find enough doubt against our own opinion, but we do find enough doubt against the opinions of others. Vanity is ingenious in glorifying everything that comes from us and in reproaching everything that comes from others."


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Mathias Ayres' thoughts on inner vanity speak to the human tendency to overvalue one's own opinions and accomplishments while minimizing the perspectives and accomplishments of others.

Stoics also stress the importance of evaluating beliefs and impressions objectively, avoiding the dangerous influence of the ego. They believe that true wisdom comes from self-discipline and self-criticism, recognizing that vision is often clouded by vanity and the tendency to aggrandize and exalt oneself.

Just as Mathias Ayres emphasizes the ability of vanity to distort judgment, the Stoics encourage discernment between what is under control and what is not, avoiding both excessive attachment to one's own opinions and the inclination to disregard those of others. Both ideas call for a more humble attitude and consideration of the complexity of the human mind in the pursuit of wisdom and self-control.

2. THE SOCIAL SIMULATION

"There are people who represent their true selves, and there are others who only represent their appearances."


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Mathias Ayres addresses the difference between those who act according to their true essence and those who merely play a social role, emphasizing the importance of sincerity in human relationships.

Stoics also value authenticity and congruence between thoughts, words, and actions. They say that living according to one's nature is essential to achieving inner peace. Stoicism encourages the cultivation of an upright and honest personality, without being swayed by social pressures or the expectations of others.

Just as Mathias Ayres emphasizes the difference between those who truly show who they are and those who rely on appearances, the Stoics advise living authentically and facing the world with honesty and courage. Both ideas emphasize the importance of maintaining a balance between the inner and outer selves, seeking harmony with oneself and others.

3. A COMPLEXIDADE HUMANA

"Man is composed in such a way that at each of his extremes, opposite qualities are opposed to each other."


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The idea deals with the diversity of human nature and the coexistence of contradictory qualities within each individual.

The Stoics also recognize the duality inherent in human nature. They teach that within each person there is a struggle between the passions and reason, between desire and virtue. Stoic philosophy seeks to balance these opposing forces by developing mastery over the emotions and guiding life toward virtue and tranquility.

Just as Mathias Ayres recognizes that human extremes can have opposite qualities, the Stoics also see this duality and seek inner harmony through self-control and self-discipline. In both cases, the journey toward virtue and self-knowledge involves recognizing and integrating the many faces of our complex nature.

4. THE QUEST FOR HAPPINESS

"Happiness is never a distant place, but rather a way of traveling."


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Suggesting that happiness is not a distant destination, but a long road one chooses to travel, Mathias Ayres is an inspiring insight into how true happiness lies not only in gaining material possessions, but in embracing the journey of life.

The Stoics share a similar view, emphasizing that happiness is not determined by external circumstances, but rather by how we interpret and respond to the world around us. They stress the importance of cultivating virtues and developing resilience, regardless of external situations.

Just as Mathias Ayres sees happiness as an internal state that can be built, the Stoics encourage a life in which one finds contentment and serenity by controlling one's attitudes and perceptions. Both ideas emphasize that happiness is not an end point, but a way to consciously travel through existence.

5. THE INNER CONTENTMENT

"The inner contentment that the soul receives is like a mirror in which we see ourselves superior to other people because of the good that we do, and that is the vanity of doing good."


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Mathias Ayres talks about how the inner satisfaction of doing good can be linked to vanity, highlighting how doing good can affect one's self-image and perception of others. The philosopher points out the complexity of our motivation to do good, recognizing that personal satisfaction can indeed be motivated by vanity. He also emphasizes the importance of looking beyond external recognition and reward in the pursuit of virtue.

The Stoics share this concern with the motivation for action. They emphasize that true virtue lies in acting for the good itself, without being overly concerned with the approval of others or with material rewards. Stoics believe that true happiness comes from an inner commitment to virtue, not from external gain or vanity.

Just as Mathias Ayres highlights the relationship between self-satisfaction and vanity in doing good, the Stoics remind us of the importance of cultivating disinterested virtue, where satisfaction comes from inner coherence and moral fulfillment rather than external approval. Both ideas invite us to reflect on the motivations that drive actions and to seek an approach that is more consistent with authenticity and virtue.

And you, why would you read Mathias Aires?

In this imaginative exploration of the possible philosophical connections between Mathias Ayres and Stoic philosophy, we find profound reflections that transcend the barriers of time. While Mathias Ayres, a Brazilian philosopher of the 17th century, reveals the complexity of human nature and the influence of vanity on our actions, the Stoics, Athenian philosophers of the 4th century BC, bring to light the eternal principles of authenticity, virtue, and inner control.

Seneca, Epictetus and Marcus Aurelius did not read Mathias Aires. Nor did Zeno of Scythia and Chrysippus read him, but the intellectual game leads us to explore the similarities and contrasts between these thoughts separated by more than 20 centuries. In this hypothetical dialogue, the challenge is to question one's own motivations, embrace authenticity, cultivate virtues, and seek an inner journey toward serenity and wisdom.

By uniting these two universes, we not only enrich our understanding of the human condition, but also recognize the value of a Brazilian thinker in our philosophical landscape. Mathias Ayres, with his disturbing reflections, becomes an invitation to appreciate our own intellectual heritage, a voice to be remembered and recognized as part of Brazil's rich cultural heritage.

But after all, who was Mathias Ayres?

Mathias Ayres Ramos da Silva de Eça was a Portuguese-Brazilian philosopher, Knight of the Order of Christ and writer, born in colonial Brazil, then part of the Kingdom of Portugal. Born on March 27, 1705, at a time when Brazil was agitated by the mixing of cultures and the breaking of ethnic and social boundaries, his career shows not only lucidity but also resilience. The son of a Portuguese priest and an African slave, his unlikely ancestry led him on a journey that challenged social and racial barriers. His thought is eternalized in the works "Reflections on the Vanity of Man" and "Letter on Fortune".

Sagrada Família (1664), by Josefa de Óbidos
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He had a worldview very similar to that of the Baroque thinkers: for him, life is a great stage on which we actors play out the existentialist drama of life, and whose curtains are ultimately closed by inexorable death.

“What are men more than the appearance of the theater? Vanity and fortune rule the farce of this life. No one chooses his role, everyone gets what is given.

The one who goes out without fuss or procession and whose face indicates that he is subject to pain, affliction, misery, is the one who represents the role of man.

Death, standing guard, holds the clock of time in one hand. In the other, the scythe of death. And with this, with a single, sure and inevitable blow, he ends the tragedy, closes the curtain and disappears.”

"Reflections on the Vanity of Men": A tribute to human nature and the influence of the age.

"Reflections on the Vanity of Men": A tribute to human nature and the influence of the ageThe book "Reflections on the Vanity of Men", one of Mathias Ayres' masterpieces, deserves special attention. Dedicated to the King of Portugal, it contains the corresponding Licenses of the Holy Office, a demonstration of the delicate relations between philosophy and the religious authorities of the time. The discussion of these licenses not only recalls the importance of ecclesiastical approval, but also reveals much of the atmosphere of the time.

Although it was the middle of the 18th century, the Holy Inquisition was still strong, shaping thought patterns and influencing intellectual manifestations. The inclusion of these details invites us to reflect on the balance between the search for truth and the limitations imposed at the time.

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Historical Context: Brazil, Europe and Portugal in the early 18th century

To fully understand the ideas and work of Mathias Ayres, it is essential to contextualize the time in which he lived, both in colonial Brazil and in Europe. In the 18th century, the world was undergoing profound social, political, and cultural changes, creating a frenetic scenario that greatly influenced the thinking of the time.


Colonial Brazil, where Mathias Ayres was born and lived, was still under Portuguese rule. It was a stratified society, with rigid divisions between European colonizers, indigenous populations, and enslaved Africans. This mix of cultures created unique tensions and complexities. The Brazilian economy revolved around the production of sugar, tobacco, and mining, which influenced social and political relations. Brazil was also the site of territorial disputes between European colonial powers, which significantly affected daily life and opportunities for social mobility.


In Europe, the 18th century saw the Enlightenment, an intellectual movement that emphasized reason, scientific knowledge, and individual rights. These ideas shaped the way people viewed the world. Enlightenment philosophers such as Voltaire, Rousseau, and Locke influenced discussions of politics, ethics, and freedom. At the same time, many European countries were embroiled in conflicts and wars, and power struggles reverberated throughout the continent.


In Portugal, Mathias Ayres was connected to the European political and intellectual context. However, Portugal also faced internal challenges, including the influence of the Catholic Church and the effects of the Pombalinas reforms. During the reign of Dom José I, Sebastião José de Carvalho e Melo, the Marquis of Pombal, attempted to modernize the country and reform its institutions, while facing conservative opposition.


In this context, Ayres's philosophical reflections on human vanity and society gain depth and relevance. His writings reflect the local concerns of colonial Brazil as well as the intellectual influences and global challenges of his time. Understanding this historical context allows us to further admire the originality and enduring resonance of his ideas.

Mathias Ayres' philosophical contributions transcend his own era, opening the possibility for deep reflections on human vanity and society. His ideas may have remained in the shadows of conventional history, but his work echoes like a beacon, lighting our way to a better and deeper understanding of man and his interaction with the world.

The pages of his works invite us to question motivations, to explore the complexity of human interactions, and to embrace the diversity of ideas. In the process, we realize that the search for truth and the understanding of the human condition are timeless quests, shaped by the complexities of each era and enriched by the plurality of perspectives.

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[ES]

"No hay mayor injuria que el desprecio; y es que el desprecio todo lo dirige y ofende la vanidad".

¡Hola a todos!

En el vertiginoso mundo actual, la filosofía práctica y racional del estoicismo ha ido ganando fervientes adeptos, influyendo en las mentes y moldeando las perspectivas. Sin embargo, mientras muchos se sumergen en las lecciones de Séneca, Epicteto y Marco Aurelio, pocos han oído hablar de Mathias Ayres.

Patrono de la 6ª cátedra de la Academia Brasileña de Letras y de la 3ª cátedra de la Academia Paulista1, este filósofo brasileño, cuyas ideas trascienden su época, ofrece profundas reflexiones sobre la naturaleza humana, la vanidad y la búsqueda de la verdad. Em meio ao atual hype da filosofia estoica, é uma oportunidade única revisitar as reflexões de um pensador igualmente profundo, e enriquecer nossa compreensão do mundo, olhando através das lentes de um legado filosófico genuinamente brasileiro.

Pero, ¿por qué leerían los estoicos a Mathias Ayres?

Antes de iniciar nuestra exploración, conviene aclarar que se trata de una broma provocadora, teniendo en cuenta que Mathias Ayres y Séneca vivieron en épocas muy distantes. Sin embargo, en un universo imaginario, podemos pensar en cómo Mathias Ayres, con su visión única de la vanidad humana y de la complejidad social, podría haber inspirado los pilares fundamentales del estoicismo.

Aunque tal encuentro habría sido imposible, sumerjámonos en este entretenido viaje a través de cinco reflexiones de Mathias Ayres que podrían haber cautivado la mente estoica, si el tiempo y el espacio lo permiten.

1. LA VANIDAD INTERIOR

"Nunca encontramos suficientes dudas contra nuestro propio juicio, pero sí contra el de los demás. La vanidad es ingeniosa para glorificar todo lo que procede de nosotros, y para reprobar todo lo que procede de los demás."


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Las reflexiones de Mathias Ayres sobre la vanidad interior hablan de la tendencia humana a sobrevalorar las propias opiniones y logros minimizando las perspectivas y logros de los demás.

Los estoicos también hacen hincapié en la importancia de evaluar las creencias y las impresiones de forma objetiva, evitando la peligrosa influencia del ego. Creen que la verdadera sabiduría surge de la autodisciplina y la autocrítica, reconociendo que la visión a menudo se ve obstaculizada por la vanidad y la tendencia a engrandecerse y alabarse a uno mismo.

Del mismo modo que Mathias Ayres destaca la capacidad de la vanidad para distorsionar los juicios, los estoicos animan a discernir entre lo que está bajo control y lo que no, evitando el apego excesivo tanto a las opiniones propias como a la inclinación a despreciar las ajenas. Ambos pensamientos llaman a adoptar una postura más humilde y a considerar las complejidades de la mente humana en la búsqueda de la sabiduría y el autodominio.

2. LA SIMULACIÓN SOCIAL

"Hay hombres que representan su verdadero yo y otros que sólo representan su apariencia."


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Mathias Ayres aborda la diferencia entre quienes actúan de acuerdo con su verdadera esencia y quienes se limitan a desempeñar un papel social, haciendo hincapié en la importancia de la sinceridad en las relaciones humanas.

Los estoicos también valoran la autenticidad y la congruencia entre pensamientos, palabras y acciones. Afirman que vivir de acuerdo con la propia naturaleza es esencial para alcanzar la tranquilidad interior. El estoicismo anima a cultivar una personalidad recta y sincera, libre de presiones sociales o de las expectativas de los demás.

Del mismo modo que Mathias Ayres subraya la diferencia entre quienes muestran realmente quiénes son y quienes sólo se basan en las apariencias, los estoicos aconsejan vivir con autenticidad y enfrentarse al mundo con honestidad y valentía. Ambos pensamientos hacen hincapié en la importancia de mantener la concordia entre el yo interior y el exterior, buscando la armonía con uno mismo y con los demás.

3. LA COMPLEJIDAD HUMANA

"El hombre está compuesto de tal manera que en cada uno de sus extremos se oponen cualidades opuestas."


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El pensamiento aborda la diversidad de la naturaleza humana y la coexistencia de cualidades contradictorias dentro de cada individuo.

Los estoicos también reconocen la dualidad inherente a la naturaleza humana. Enseñan que dentro de cada persona existe una batalla entre las pasiones y la razón, entre el deseo y la virtud. La filosofía estoica trata de equilibrar estas fuerzas opuestas mediante el dominio de las emociones y la orientación de la vida hacia la virtud y la tranquilidad.

Al igual que Mathias Ayres se da cuenta de que los extremos humanos pueden tener cualidades opuestas, los estoicos también ven esta dualidad y buscan la armonía interior a través del autocontrol y la autodisciplina. Ambos pensamientos afirman que el camino hacia la virtud y el autoconocimiento pasa por reconocer e integrar las múltiples caras de nuestra compleja naturaleza.

4. LA BÚSQUEDA DE LA FELICIDAD

"La felicidad nunca es un lugar remoto, sino una forma de viajar."


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Mathias Ayres sugiere que la felicidad no es un destino lejano, sino un largo camino que uno elige recorrer, y es una visión inspiradora de cómo la verdadera felicidad no está sólo en conseguir posesiones materiales, sino en abrazar el viaje de la vida.

Los estoicos comparten una visión similar, subrayando que la felicidad no viene determinada por circunstancias externas, sino por cómo interpretamos y reaccionamos ante el mundo que nos rodea. Insisten en la importancia de cultivar las virtudes y desarrollar la resiliencia independientemente de las situaciones externas.

Así como Mathias Ayres consideraba que la felicidad es un estado interno que uno puede construir, los estoicos fomentan una vida en la que uno encuentra la satisfacción y la serenidad a través del control de las actitudes y percepciones propias. Ambos pensamientos subrayan que la felicidad no es un punto final, sino una forma de recorrer conscientemente la existencia.

5. LA SATISFACCIÓN INTERIOR

"La autosatisfacción que recibe el alma es como un espejo en el que nos vemos superiores a los demás hombres por el bien que hacemos, y ésta es la vanidad de hacer el bien."


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Mathias Ayres habla de cómo la satisfacción interior de hacer el bien puede estar ligada a la vanidad, destacando cómo la práctica de buenas acciones puede influir en la imagen de uno mismo y en la percepción en relación con los demás. El filósofo señala la complejidad de nuestra motivación a la hora de hacer el bien, reconociendo que la satisfacción personal puede estar motivada por la vanidad. También subraya la importancia de mirar más allá del reconocimiento y la recompensa externos para perseguir la virtud.

Los estoicos comparten esta preocupación por la motivación de las acciones. Insisten en que la verdadera virtud consiste en actuar por el bien en sí mismo, sin preocuparse demasiado por la aprobación de los demás o por las recompensas materiales. Los estoicos creen que la verdadera felicidad proviene de un compromiso interno con la virtud, más que de la ganancia externa o la vanidad.

Así como Mathias Ayres destaca la relación entre la autosatisfacción y la vanidad al hacer el bien, los estoicos nos recuerdan la importancia de cultivar la virtud desinteresada, donde la satisfacción proviene de la coherencia interna y la realización moral, más que de la aprobación externa. Ambos pensamientos nos invitan a reflexionar sobre las motivaciones que impulsan las acciones y a buscar un enfoque más alineado con la autenticidad y la virtud.

Y tú, ¿por qué leerías a Mathias Aires?

En esta imaginativa exploración de las posibles conexiones filosóficas entre Mathias Ayres y la filosofía estoica, encontramos profundas reflexiones que trascienden las barreras del tiempo. Mientras Mathias Ayres, filósofo brasileño del siglo XVII a.C., revela la complejidad de la naturaleza humana y la influencia de la vanidad en nuestros actos, los estoicos, filósofos atenienses del siglo IV a.C., sacan a la luz principios intemporales de autenticidad, virtud y control interior.

Séneca, Epicteto y Marco Aurelio no leyeron a Matías Aires. Tampoco le leyeron Zenón de Escitia y Crisipo, pero el juego intelectual nos lleva a explorar las similitudes y contrastes entre estos pensamientos separados por más de 20 siglos. En este hipotético diálogo, el reto consiste en cuestionar las propias motivaciones, abrazar la autenticidad, cultivar las virtudes y buscar un viaje interior hacia la serenidad y la sabiduría.

Al unir estos dos universos, no sólo enriquecemos nuestra comprensión de la condición humana, sino que también reconocemos el valor de un pensador brasileño en nuestro panorama filosófico. Mathias Ayres, con sus inquietantes reflexiones, se convierte en una invitación a valorar nuestro propio patrimonio intelectual, una voz que debe ser recordada y reconocida como parte del rico acervo cultural brasileño.

Pero en definitiva, ¿quién fue Mathias Ayres?

Mathias Ayres Ramos da Silva de Eça fue un filósofo luso-brasileño, Caballero de la Orden de Cristo y escritor, nacido en el Brasil colonial, entonces parte del Reino de Portugal. Nacido el 27 de marzo de 1705, en una época en la que Brasil se encontraba en plena efervescencia por la mezcla de culturas y la ruptura de las fronteras étnicas y sociales, su trayectoria muestra no sólo lucidez, sino también resiliencia. Hijo de un sacerdote portugués y de una esclava africana, su improbable ascendencia le condujo a un viaje que desafió las barreras sociales y raciales. Su pensamiento se eterniza en las obras "Reflexiones sobre la vanidad de los hombres" y "Carta sobre la fortuna".

Sagrada Família (1664), de Josefa de Óbidos
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Tenía una visión del mundo muy similar a la de los pensadores barrocos: para él, la vida es un gran escenario en el que los actores representamos el drama existencialista de la vida, y cuyo telón acaba cerrándose con la inexorable muerte.

“¿Quiénes son los hombres más que la apariencia del teatro? La vanidad y la fortuna gobiernan la farsa de esta vida. Nadie elige su papel, a cada uno le toca lo que le toca.

El que sale sin desfile ni procesión, y cuyo rostro muestra que está sujeto al dolor, la aflicción y la miseria, es el que representa el papel de hombre.

La muerte, que permanece centinela, tiene en una mano el reloj del tiempo. En la otra, la guadaña fatal. Y con ella, de un solo golpe, certero e inevitable, pone fin a la tragedia, cierra el telón y desaparece.”

"Reflexiones sobre la vanidad de los hombres": Un homenaje a la naturaleza humana y a la influencia de la época

Merece especial atención el libro "Reflexões sobre a Vaidade dos Homens", una de las obras maestras de Mathias Ayres. Dedicado al Rey de Portugal, contiene las oportunas Licencias del Santo Oficio, una demostración de las delicadas relaciones entre la filosofía y las autoridades religiosas de la época. Hablar de estas Licencias no sólo recuerda la importancia de la aprobación eclesiástica, sino que también muestra mucho del ambiente de la época.

A pesar de estar en pleno siglo XVIII, la Santa Inquisición seguía siendo fuerte, moldeando patrones de pensamiento e influyendo en las manifestaciones intelectuales. La inclusión de estos detalles nos invita a reflexionar sobre el equilibrio entre la búsqueda de la verdad y las limitaciones impuestas en la época.

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Contexto histórico: Brasil, Europa y Portugal a principios del siglo XVIII

Para comprender plenamente las ideas y la obra de Mathias Ayres, es esencial contextualizar la época en que vivió, tanto en el Brasil colonial como en Europa. En el siglo XVIII, el mundo experimentaba profundas transformaciones sociales, políticas y culturales, creando un escenario agitado que influyó enormemente en el pensamiento de la época.


El Brasil colonial, donde nació y vivió Mathias Ayres, estaba aún bajo dominio portugués. Se caracterizaba por una sociedad estratificada, con rígidas divisiones entre colonizadores europeos, poblaciones indígenas y africanos esclavizados. Esta mezcla de culturas generaba tensiones y complejidades únicas. La economía brasileña giraba en torno a la producción de azúcar, tabaco y minería, lo que influía en las relaciones sociales y políticas. Brasil fue también escenario de disputas territoriales entre las potencias coloniales europeas, que afectaron significativamente a la vida cotidiana y a las oportunidades de movilidad social.


En Europa, el siglo XVIII fue testigo de la Ilustración, un movimiento intelectual que hacía hincapié en la razón, el conocimiento científico y los derechos individuales. Estas ideas influyeron en la forma de ver el mundo. Filósofos de la Ilustración como Voltaire, Rousseau y Locke influyeron en los debates sobre política, ética y libertad. Al mismo tiempo, muchos países europeos se vieron envueltos en conflictos y guerras, con luchas de poder que reverberaban por todo el continente.


En Portugal, Mathias Ayres estuvo conectado al contexto político e intelectual europeo. Sin embargo, Portugal también se enfrentaba a retos internos, como la influencia de la Iglesia Católica y los efectos de las reformas pombalinas. Durante el reinado de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo, marqués de Pombal, intentó modernizar el país y reformar las instituciones, aunque se enfrentó a la resistencia conservadora.


En este escenario, las reflexiones filosóficas de Mathias Ayres sobre la vanidad humana y la sociedad adquieren profundidad y relevancia. Sus escritos reflejan tanto los problemas locales del Brasil colonial como las influencias intelectuales y los desafíos globales que marcaron su época. Comprender este contexto histórico nos permite admirar aún más la originalidad y la resonancia duradera de sus ideas.

Las contribuciones filosóficas de Mathias Ayres trascienden su propia época, abriendo oportunidades para profundas reflexiones sobre la vanidad humana y la sociedad. Puede que sus ideas hayan permanecido en las sombras de la historia convencional, pero su obra resuena como un faro, iluminando nuestro camino hacia una comprensión mejor y más profunda del ser humano y su interacción con el mundo.

Las páginas de sus obras nos invitan a cuestionar las motivaciones, a explorar la complejidad de las interacciones humanas y a abrazar la diversidad de ideas. En el proceso, nos damos cuenta de que la búsqueda de la verdad y la comprensión de la condición humana son búsquedas intemporales, moldeadas por las complejidades de cada época y enriquecidas por la pluralidad de perspectivas.

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