A monologue about what matters and what shouldn't.

The cell phone is a part of the lives of most adult humans. Upon waking up, the first thing you probably do is check your phone. Before going to bed, taking a glance at your social media is likely the last thing you do. We have become almost like androids, as if the phone were a part of our body, an extension of our hands. And it's hard for us to go for a long time without this device without dying of boredom.

If we, from the millennial generation, who witnessed this technology emerge, already tend towards addiction, it's even worse for Generation Z, who entered the world with this tool as a crutch. We increasingly see young people completely immersed in the virtual world through their cell phones. Young people who struggle to connect with others, to communicate, to live in the present moment, and to appreciate what the physical world has to offer.

Once, while chatting with a friend in the comments section of a post, I commented that sometimes I wished the technological world had a kind of reset; that something would happen to completely destroy the technology we have, just so we could reinvent ourselves. Who would we be without the internet? How would we live without our cell phones? Oh, I'd love to see that in practice! It wouldn't have to be forever; just a couple of years of experience would be enough. I have no doubt that we would become much more human, stronger, and more resilient.

But of course, when I think of something like that, I also think of the exceptions I would want to exist, such as hospitals and treatments that need high technology to function. I wouldn't wish for those to be destroyed, of course, as many lives depend on them. However, if something were to happen that completely severed our relationship with the internet and social networks, I think it could lead to positive and significant changes for society; it would be a new form of natural selection.

Made in Canva.

I think it's truly terrible that people have difficulty sitting at a bar table and conversing with their friends without constantly checking their social media. It's terrible that parents can no longer play with their children because they'd rather be glued to their phones all the time. There are many damages - social damages, neurological damages, consequences that we will only truly understand the extent of in 50 or 100 years. Unfortunately, when that time comes, it will be too late; we were a part of it. Most of us didn't know it was so harmful, but even those who did know chose to ignore it, chose to give their life's time to a machine.

It shouldn't be so difficult to disconnect. And I say this, of course, using myself as an example. What gets me away from the screen is love; playing with my daughter, a beautiful day at the beach, the changing colors of the sky at sunset, which I can't help but contemplate. Nature, in summary, is what makes me not care at all about what's on that small screen. Being able to live, feel, contemplate, and share good moments with myself and the people I love makes technology completely dispensable to me.

Of course, in my real-life interactions, I encounter people who need to keep checking their phones all the time. It bothers me a bit because I have conversations while looking into people's eyes. But, even though it bothers me, it's so common, isn't it? I'm sure I must have done it too. But I always strive to remember what is real and what truly matters, and these two things are completely outside the screens.

Portuguese

O celular faz parte da vida da maioria dos seres humanos adultos. Ao acordar, provavelmente mexer no celular é a primeira coisa que você faz. Antes de dormir, dar uma olhada nas suas redes sociais possivelmente é a última coisa que você faz. Nos tornamos quase androides, como se o celular fosse uma parte do nosso corpo, das nossas mãos. E dificilmente conseguimos passar muito tempo sem esse dispositivo sem morrer de tédio.

Se nós da geração millenium que vimos essa tecnologia surgir já tendemos ao vício, para a geração z que já chegou no mundo tendo essa ferramenta como muleta, é ainda pior. Vemos cada vez mais jovens completamente entregues ao mundo virtual através de seus celulares. Jovens que têm dificuldade de se conectar com outras pessoas, de se comunicar, de viver o momento presente e apreciar o que a realidade do mundo físico tem a oferecer.

Uma vez conversando com um amigo na área de comentários de um post, comentei que às vezes eu desejava que o mundo tecnológico tivesse um tipo de reset; que acontecesse algo que destruísse completamente a tecnologia que temos só para que pudéssemos nos reinventar. Quem seríamos sem a internet? Como viveríamos sem nossos celulares? Ah, eu adoraria ver isso na prática! Não precisaria ser para sempre, apenas uns dois anos de experiência seria o suficiente. Eu não tenho dúvidas que nos tornariamos muito mais humanos, mais fortes e resilientes.

Mas, é claro que quando penso em algo assim, penso também nas exceções que gostaria que existissem, como por exemplo; hospitais e tratamentos que precisam da alta tecnologia para funcionarem, é lógico que eu não desejaria que isso fosse destruído. Afinal, muitas vidas dependem disso, porém se algo acontecesse que destruísse completamente nossa relação com a internet e as redes sociais, eu penso que poderia gerar mudanças positivas e significantes para sociedade, seria uma nova seleção natural.

Made in Canva.

Eu penso que é realmente terrível as pessoas terem dificuldade de se sentar numa mesa de bar e conversar com seus amigos, sem ficar conferindo suas redes sociais. É terrível que pais não consigam mais brincar com seus filhos pois preferem ficar grudados no celular o tempo inteiro. São muitos danos; danos sociais, danos neurológicos, consequências que só saberemos da dimensão daqui a uns 50 ou 100 anos. E infelizmente quando esse tempo chegar, já será tarde demais, fizemos parte disso. A maioria de nós não sabia que era tão prejudicial, mas mesmo os que sabiam escolheram ignorar, escolheram entregar seu tempo de vida a uma máquina.

Não deveria ser tão difícil se desconectar. E falo isso me usando como exemplo, claro. O que me faz sair da frente da tela, é o amor; as brincadeiras com minha filha, um belo dia na praia, o entardecer quando muda as cores do céu, e é impossível não ficar contemplando. A natureza, em síntese, é o que me faz não dar a mínima para o que está naquela pequena tela. Poder viver, sentir, contemplar e compartilhar momentos bons comigo mesma, com as pessoas que eu amo, faz com que a tecnologia seja completamente dispensável para mim.

É claro que em minhas convivências na vida real, me deparo com pessoas que necessitam ficar checando o telefone o tempo inteiro. Isso me incomoda um pouco, porque eu converso olhando nos olhos. Mas, mesmo me incomodando, já é tão comum, não é mesmo? Com certeza eu já devo ter feito isso também. Mas, busco sempre me lembrar do que é real e do que realmente importa, e com certeza essas duas coisas, está completamente fora das telas.