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Just like in Brazil, technology and Artificial Intelligence have changed the job market and education in many parts of the world. Not long ago, choosing a career was a straightforward and, let's say, predictable path. You just had to base your choice on something you liked, enroll in university, and, with the acquired knowledge, find a job in that field.
However, rapid technological advancement and task automation have made some specializations somewhat obsolete. Among the first to disappear are courses in administrative and technical support fields. An example of this is the secretarial profession, which for a long time held an essential place in companies. Most medium and large companies kept at least one executive assistant to organize schedules, files, and handle similar tasks.
But with the arrival of online calendar software, the popularity of virtual assistants, and automation programs, most companies decided to 'eliminate' this position to save costs. It doesn't mean that human work has lost value, but today there’s no need for a specific professional just to handle these tasks, which can now be done with a single click. This work has been incorporated into other roles as it has become 'simpler.'
The same is true for basic accounting courses. I personally think that learning to do calculations by hand and understanding tax bureaucracy used to be tremendously difficult and required someone specific for it. But again, accounting software appeared, and automation in accounting and tax processes followed. These systems can process unimaginable amounts of data each minute, perform detailed analysis, and even generate reports. My godmother works in a library where everything has been digitized at this level, which led to the elimination of some positions.
Of course, accountants are still needed, but now as specialists who can provide financial advice, strategic planning, and the ability to handle data in a way that complements an increasingly digitized process.
I think, and this is really just my opinion, that some basic programming tasks are also now handled by AI rather than people, who now write and even correct code. There are companies using AI in their systems, and what I see is a certain fear that development will automate human work, but I believe there are ways to address this.
In my view, for those who have chosen to invest in courses or careers that are becoming obsolete, one of the most promising options is to dive into them from the angles that AI cannot replicate. Creativity, critical thinking, empathy, and the ability to deal with unpredictability are still essentially human domains. Thank goodness.
An example is those who have completed courses in administrative support and can reinvent themselves with specializations in project management, emotional intelligence applied to organizations, or even in customizing technology system implementations for companies. Everything that deals directly with human behavior is highly valued today, and emotional intelligence is on the rise.
Companies seek people who not only know how to handle numbers but can transform them into insights that aid decision-making. Online platforms now offer everything from free courses to specializations in software development involving AI, technology, and information. Short-term courses focused on practical application for those who already have knowledge in the area, without requiring years at a university, are the current path.
Of course, in Brazil, with its immense diversity of social and economic realities, this impact isn’t uniform. In large Brazilian cities, the hunger for productivity is more urgent, while in smaller cities that still lack access to new technologies and cutting-edge education, traditional training has a bit more lifespan. But it's only a matter of time before the transformation reaches everywhere.
Colleges, universities, and technical schools must update and adapt their curricula. Education that doesn’t base itself on teaching technology as it is today is out of touch with the new reality.
Now is the time to reinvent ourselves. The job market has never been and will never be static, and the transformation is accelerating.
Think of typists—my mother took a course in it for years—who saw their work diminish (and disappear) with the invention of the computer, or elevator operators, who virtually ceased to exist after elevator automation.
The only difference now is that changes are happening at an absurd speed. In the end, technology shouldn’t be seen as a threat but as a tool that, when well used, expands human possibilities.
Assim como no Brasil, em muitas partes do mundo a tecnologia e a Inteligência Artificial tem mudado o mercado de trabalho, e, também, a educação. Até um tempo atrás, escolher uma carreira era um caminho simples e, digamos, previsível. Era só basear a sua escolha em algo que lhe agradasse, se matricular na universidade e, com os conhecimentos adquiridos, encontrar um emprego na área.
Porém, o rápido avanço tecnológico e a automação de tarefas tornaram algumas especializações um tanto quanto obsoletas. Entre os primeiros a desaparecerem estão os cursos dos campos administrativos e de suporte técnico. Um exemplo disso é a profissão de secretário, que durante muito tempo manteve um lugar de destaque nas empresas. A maioria das empresas de médio e grande porte mantinha pelo menos um assistente executivo para organizar agendas, arquivos e fazer todas as tarefas semelhantes.
Mas com a chegada de softwares de calendários online, a popularidade de assistentes virtuais e os programas de automação, a maioria das empresas decidiu meio que 'exterminar' esse cargo e poupar custo. Não significa que o trabalho humano tenha perdido o valor, mas hoje não precisa ser um profissional determinado apenas para fazer esse tipo de trabalho, que é feito um único clique. Isso passou a ser incorporado em outros cargos, por ter se tornado 'mais simples'.
O mesmo acontece, por exemplo, com os cursos de contabilidade básica. Eu tenho por mim mesma que aprender a fazer cálculos à mão e a entender a burocracia fiscal era um tremendo troço difícil e necessário ter alguém específico pra isso. Mas, novamente, aparecerem softwares contábeis, e algumas coisas como a automação contábil e fiscal. Esses sistemas são capazes de processar o impensável de dados a cada minuto, fazer uma análise detalhada e até aproveitar e emitir um relatório. Minha madrinha trabalha em uma biblioteca e tudo por lá foi informatizado nesse nível, o que levou a dizimar algumas vagas.
Obviamente, contadores ainda são necessários, mas agora como especialistas, que possam fornecer auxílio financeiro, planejamento estratégico e a capacidade de manusear dados de tal forma que complemente e a assemelhe um processo cada vez mais informatizado.
Eu acho, e aqui é bem achismo mesmo, que também algumas coisas de programação mais básica já são feitas por IA e não por pessoas, que escrevem e mesmo corrigem códigos. Tem empresas por aí que trabalham com IA em sistemas e o que eu vejo é um certo medo de que o desenvolvimento automatize o trabalho humano, mas acredito que tenha como lidar com isso.
Ao meu ver, para quem resolveu investir em cursos ou carreiras que começam a ficar obsoletos, uma das opções mais promissoras é mergulhar neles a partir dos pontos que não podem ser replicados por IAs. A criatividade, o pensamento crítico, a empatia e a capacidade de lidar com a imprevisibilidade ainda estão essencialmente no domínio humano. Amém.
Um exemplo disso é quem resolveu completar cursos voltados para suporte administrativo que pode se reinventar em especializações em gerenciamento de projetos, inteligência emocional aplicada às organizações ou até mesmo na customização de implementação de sistemas de tecnologia em empresa. Tudo hoje em dia que mexe diretamente com o comportamento humano vem sendo bem valorizado e a inteligência emocional está em alta.
As empresas buscam não só quem sabe lidar com números, mas quem sabe transformar todos eles em insights que auxiliem no processo de tomada de decisão. Plataformas online tem disponibilizado desde cursos livres até especializações em desenvolvimento de software que envolvem IA, coisas tecnológicas e informação. Cursos de pouca duração e focados numa aplicação prática para quem já tem conhecimento na área, sem precisar retornar para a universidade por anos a fio é o caminho atual.
Claro que, no Brasil, com a imensa diversidade de realidades sociais e econômicas, esse impacto não é homogêneo. Nas grandes cidades brasileiras, a fome por produtividade é mais urgente, enquanto, em cidades menores, ainda carente de acesso a novas tecnologia e ensino de ponta, as formações tradicionais tem um pouco mais de sobrevida. Mas é apenas uma questão de tempo para que a transformação chegue como um todo.
Faculdades, universidades e escolas técnicas tem que se atualizar e adaptar os currículos. Um ensino que não parte com base no ensino da tecnologia como é hoje está descolado da nova realidade.
Agora é a hora para se reinventar. O mercado de trabalho nunca foi e jamais será estático e a transformação acelerada.
Pense em datilógrafos - minha mãe fez curso disso por anos -, que viram o trabalho diminuir (e ser extinto) muito após a invenção do computador, ou ascensoristas, que virtualmente deixou de existir após a automatização do elevador.
A única diferença é que atualmente as mudanças acontecem em uma velocidade absurda. No final das contas, a tecnologia não deve ser vista como uma ameaça, mas como uma ferramenta que quando bem utilizada, amplia as possibilidades humanas.
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