EN-PT Tipping: a cultural difference

To my always friends from the HiveLearners community, my best regards!

A cultural issue. We are talking about tips. Here in Brazil, a country of continental dimensions (the country is as large as a continent!), there are many regional differences. I can speak from two perspectives: the capitals and the countryside.

Come along!

Countryside

Being born in a small town with around twenty thousand inhabitants, I can say that throughout the local commerce where I lived and grew up, I never ever noticed my parents leaving tips, and likewise, as an adult, I never left tips either.

The first thing to consider is that small countryside towns usually have limited socioeconomic levels, meaning the purchasing power of the community is limited, low, and leaving a tip might be mistaken for giving alms, which is seen as derogatory in the understanding of my hometown communities.

In these places, those working as waiters, even when hired with proper legal documents, do not expect to receive these amounts. And that's okay! They receive their regular salary as usual.

I don’t believe it’s possible to change this local culture, meaning I can’t imagine how the new generation of citizens in this small town could adopt this tipping culture from other places and start leaving or charging tips.

Big Cities

Being constantly in contact with large cities, even during temporary trips for work or vacations, we know things are a bit different. At this very moment, I am in the capital of the state of Paraná, Brazil, where I can literally observe the cultural conflict between being for and against tipping.

Looking for a place to grab a snack, I came across a rather unusual sign. Instead of showcasing pictures of delicious products or promotions, the owner chose to display a special idea: we don’t charge tips here!!

I found it surprising and realized it was indeed a unique feature because all similar establishments, like bars and restaurants in the region, implemented this practice, including automatically calculating the tip amount on bills.

I was also in Buenos Aires in August, and there I learned (in advance) that tipping is considered mandatory. Although it can be removed from the calculation, doing so is seen as an affront to the restaurant and the service provided. It’s cultural, and we need to respect it. So every time I checked the menus, I thought (and sometimes forgot) about adding ten percent.

There were times when tipping became an issue because, being in another country using a different currency, I found myself without cash. In these cases, I apologized and left what I had, even if it was slightly less than the ten percent that good practice suggests.

Some places accept credit card payments; others don’t allow tips to be included in this payment method. So it’s best to always be prepared for this.

I believe it’s a matter of adapting to and respecting the environment we are in!

What do you think?

Aos meu sempre amigos da comunidade HiveLearners, minhas melhores saudações!

Um problema cultural. Estamos falando de gorjetas. Aqui no Brasil, cujas dimensões são continentais (o país é tão grande quando um continente!), existem muitas diferenças regionais. E eu posso falar de dois pontos de vista: das capitais e dos interior.

Vem comigo!

Interior

Sendo nascido em cidade pequena com cerca de vinte mil habitantes, posso dizer que em todo o comércio local que convivi e cresci nunca e jamais percebi meus pais deixando gorjeta, e da mesma forma quando adulto também nunca deixei gorjetas também.

Primeira coisa a se pensar é que cidade pequena do interior geralmente tem níveis socioeconômicos limitados, ou seja, o poder de compra da comunidade é limitado, baixo, e deixar uma gorjeta pode ser confundido com deixar uma esmola, que é uma coisa pejorativa no entendimento das minhas comunidades de origem.

Nestes lugares, quem trabalha como garçom, mesmo sendo contratado com os devidos documentos legais, não espera por receber estes valores. E esta tudo bem! Ele recebe seu salário normalmente.

Eu não acredito que seja possível mudar essa cultura local, ou seja: não imagino como seja possível que a nova geração de cidadãos dessa pequena cidade possa se apropriar dessa cultura existente em outros lugares e passar a deixar ou cobrar gorjetas.

Grandes Centros

Estando sempre em contato com grandes centros, mesmo que em viagens temporárias por motivo de serviço ou por férias, sabemos que as coisas são um pouco diferentes. Neste exato momento estou na capital do estado do Paraná, Brasil, onde consigo ver, literalmente, o conflito existente entre as culturas a favor e contra gorjetas.

Procurando um local para lanchar me deparei com uma placa no mínimo inusitada. Ao invés do estabelecimento exibir fotos dos seus produtos deliciosos ou das suas promoções, o empresário optou por registrar sua ideia especial: aqui não se cobra gorjeta!!

Eu achei inusitado e percebi que realmente era um diferencial pois todos os estabelecimentos do tipo bares e restaurantes na região mantinham esta prática efetivada, inclusive com o cálculo automático do valor correspondente às gorjetas nas comandas.

Também estive em Buenos Aires no mês de agosto e por aqueles lados tomei conhecimento (de forma antecipada) que é tido como obrigação deixar gorjeta. Apesar de poder ser retirada do cálculo, tal ação é tida como uma afronta ao restaurante e ao serviço prestado. Coisa cultural, e precisamos respeitar. Então cada vez que observei os cardápios pensei (as vezes esqueci) em um incremento de dez porcento.

Teve algumas vezes que deixar uma gorjeta se tornou um problema pois estando em outro país que usa outra moeda, acabei me vendo sem dinheiro. Nestes casos pedi desculpa e deixei o que tinha, mesmo sendo pouco a menos do que os dez porcento que a boa prática nos pede.

Alguns lugares aceitam pagamento em cartão de crédito, outros não permitem que a gorjeta esteja incluída nesta forma de pagamento. Então o melhor é estar sempre precavido quanto a isso.

Então eu acho que é uma questão que devemos nos adaptar e respeitar o ambiente em que estivermos!

E você o que acha?