EN-PT Society's prejudices are intolerable

To my ever-dear friends in the HiveLearners community, my warmest greetings!

Many years ago, I was a little different — physically speaking, not just philosophically. I was very skinny, and at some point, I let my hair grow. And it kept growing, even without any real purpose, until it became quite long, and then I started to look like what every skinny, long-haired person looks like: a rocker!

Long hair is a classic symbol of rock'n'roll, metal, and other music genres. The skinniness — I don’t know why — seems to be tied to that context. Automatically, I was attributed a bunch of qualities typically expected from rockers:

• Rebellious
• Questioning
• Introverted
• Passionate about music

Even my own family started calling me rebellious at some point — I believe mostly because they wanted me to cut my hair, and I didn’t see any reason to do or not do something unless it was my own choice. Funny thing is, I could’ve been labeled as a nerd or geek, but it seems the people around me didn’t clearly distinguish that possibility. I ended up being categorized in the music and rock crowd.

Although I liked music and some selected rock bands, it wasn’t an accurate description. So I’m absolutely sure that for a long time, I was stereotyped!

Representation of me playing a guitar | Google Gemini

I literally ignored any attempts at conversation that stemmed from this pre-judgment. I shut down every conversation that started with rock or music — after all, I couldn’t allow myself to be defined by my appearance.

An interesting experience happened to me during a job interview. A few years ago, society was even less tolerant of diversity — so if you think it’s bad today, you have no idea about the atrocities that took place ~25 years ago. There were places where you weren’t even welcomed if you had long hair. The same went for visible tattoos. That’s incredibly sad, and at the same time, it was encouraging — because I decided to work in areas where appearance wasn’t a factor in my entry, permanence, or development.

Fortunately, I had the mental balance not to be affected by this. And I kept my long hair for many years until, due to genetics and age, it started to weaken, and I felt it was time to end the long-hair cycle.

I was immediately removed from the list of rockers.

I’ve met people who suffered a lot for having a lifestyle different from the norm imposed by society. Young people who smoked, didn’t go to church, had tattoos — every little “forbidden” detail was explored to the fullest at school, in families, or at work. It feels like a kind of disease where people feel compelled to attack those who are different.

If you wear black, have tattoos, listen to rock, and have long hair — you must be a Satanist!
That’s the full package! And of course, you must be doing drugs too!

That’s society’s deduction.

To me, this kind of prejudice is intolerable. Everyone should be able to present themselves however they see fit.

What about you, what do you think?

Aos meu sempre amigos da comunidade HiveLearners, minhas melhores saudações!

A muitos anos atrás eu eu um pouco diferente, digo no sentido de fisicamente e não só filosoficamente como um todo. Eu era muito magro, e em algum momento deixei o cabelo crescer. E ele foi crescendo e mesmo sem ter algum propósito de fato, acabou ficando bem grande e então eu fiquei parecendo aquilo que todo magro e cabeludo parece: um roqueiro!

O cabelo comprido é um símbolo clássico do rock'n'roll, do metal e de outros gêneros musicais. A magreza é algo que eu não sei porque mas parece estar ligada nesse contexto. Automaticamente, ganhei diversas qualidades, típicas e esperadas por roqueiros:

• Rebelde
• Contestador
• Introspectivo
• Apaixonado por música

Minha própria família passou a me chamar de rebelde em algum momento, acredito que mais pelo fato de que queriam que eu cortasse o cabelo, e eu não via motivos para fazer ou deixar de fazer alguma coisa que não fosse meu próprio interesse. Coisa curiosa é que poderia ter sido enquadrado no grupo dos nerds ou geek mas parece que não houve uma distinção muito clara por parte do pessoal do meu entorno a respeito dessa possibilidade. Acabei sendo enquadrado no time da música e rock.

Apesar de gostar de música e de alguns rocks selecionados, não era uma boa descrição, então tenho certeza absoluta que fui por muito tempo estereotipado!

Representação minha tocando um violão | Google Gemini

Eu literalmente ignorei qualquer tentativa de conversa que se originasse nesse prejulgamento. Eu cortava todas as conversas que começavam por rock ou música, afinal eu não poderia permitir ser definido pela minha aparência.

Uma coisa interessante que me aconteceu foi em entrevista de emprego, afinal a alguns anos atrás sabemos que a sociedade era menos tolerante à diversidade, então se você acha hoje ruim é por que não sabe das atrocidades que ocorriam ~25 anos atrás. Simplesmente havia lugares que se quer você era recebido por ter cabelo comprido. O mesmo acontecia com quem tinha tatuagens visíveis. Isso é muito triste, e ao mesmo tempo foi muito encorajador pois resolvi trabalhar em outros setores onde a aparência não fosse relevante para meu ingresso, permanência e desenvolvimento do trabalho.

Por sorte tive a mente equilibrada para não ser afetado com isso. E meu cabelo continuou comigo por longos anos, sempre muito comprido, até que por questões genéticas e de idade, foi ficando mais fraco e eu achei que era hora de encerrar o ciclo do cabelo longo.

Automaticamente fui retirado da lista de pessoas roqueiras.

Eu conheci pessoas que sofreram bastante por ter um estilo de vida diferente do padrão estabelecido pela sociedade. Jovens que fumavam, que não iam na igreja, com tatuagens, cada detalhe proibido era explorado ao máximo em todas as oportunidades, seja na escola, na família ou no trabalho. Parece um tipo de doença, onde é preciso atacar a pessoa que é diferente.

Se usar preto, tiver tatuagens, ouvir rock e ter cabelo comprido é satanista!
Esse é o pacote completo! É claro que deve usar drogas também!

Essa é a dedução da sociedade.

Pra mim, esse tipo de preconceito é intolerável. Cada um pode ser apresentar do jeito que lhe convir.

E você o que acha?