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It is unbelievable how Governor Cláudio Castro managed to turn a simple acquisition of vehicles for the Military Police of the State of Rio de Janeiro, in Brazil, into a public demonstration of lack of preparation, vision, and utter irresponsibility. The video posted by him, where he is seen next to newly acquired police vehicles — "unmarked" cars, without decals or special paint, used in intelligence and investigation missions, known as the "Reserved Service" or P2 — is, without a doubt, a blow to public security and common sense.
The initial intention to acquire unmarked vehicles, as he himself described, is somewhat reasonable: cars used for intelligence operations, undercover work, and surveillance, that is, by plainclothes officers. However, exposing to the public that 38 new, unmarked cars, all the same color and brand — silver Nissan Kicks — were purchased for this purpose is a completely absurd idea, to say the least. Suddenly, what could have been a strategic advantage becomes a trap for the police themselves and a threat to society.
It is sheer amateurism to believe that exposing these cars does not put the Police's operations at risk.
If the goal is to maintain secrecy and ensure the effectiveness of confidential investigations, as the very name "Reserved Service" suggests, how can anyone consider it smart to publicly share this information with the enemy? Now, any criminal who has access to this information can easily identify a vehicle operating in their area and take the necessary steps to avoid police actions, including armed confrontations.
And worse: by doing this, Castro not only puts the Police's missions at risk but also endangers citizens. Those moving around Rio de Janeiro, especially in more peripheral and risky areas, will now have to worry whether they are being watched by an "undercover" vehicle, while criminals may be monitoring these cars. Anyone who owns a similar vehicle, even with no criminal intent, may be seen with suspicion, increasing the risk of violent actions against the public.
We all know that in Rio, they shoot first, and if they survive, they ask questions later.
It is a shame that this type of public security strategy has been so poorly executed. For anyone who understands even the basics of police security and intelligence, it is clear that exposing what should be kept secret is a gross mistake. The lack of any sense of priority in protecting the Police's intelligence operations is evident. Instead of reinforcing security strategies with discretion and secrecy, Cláudio Castro, without thinking of the consequences, ends up favoring those on the other side of the law.
This kind of behavior is not just a mistake; it is an affront. An act of complete negligence with the safety of the population and the effectiveness of police actions. And the worst part is that he tries to justify the situation in a relaxed tone, as if he were announcing a simple consumer product. Public security cannot be treated as a marketing tool. People's lives and the effectiveness of police actions are far too serious to be exposed in such an irresponsible manner.
Moreover, it is clear that Governor Cláudio Castro's decision to publicize the acquisition of these unmarked vehicles may have less to do with a concern for security and more with a desperate attempt to justify public spending.
The government’s own statement, which highlights the investments made in public security — over R$ 4 billion, the purchase of nearly a thousand semi-armored vehicles, and the acquisition of modern technological equipment — seems to aim less at improving the safety of Rio de Janeiro's residents and more at showcasing expenditures and financial reports.
By openly displaying these new acquisitions, Castro likely intended to strengthen the image of a government committed to the state's security and investing significant funds in it.
However, rather than fostering confidence, this public display raises serious concerns about the ability to protect and plan for the future of Rio de Janeiro. The real issue here is not about the money spent, but how that money is being directed — with such a high price tag, the minimum one would expect is a more strategic and discreet approach, not a blunder that puts both the population and the police at risk.
This is not a failure; it is an outrage.
É inacreditável como o governador Cláudio Castro, do PL, conseguiu transformar uma simples aquisição de viaturas para a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em uma demonstração pública de despreparo, falta de visão e total irresponsabilidade. O vídeo postado por ele, onde aparece ao lado de veículos recém-adquiridos pela PM — carros "descaracterizados", sem adesivos ou pinturas especiais, usados em missões de inteligência e investigação, o conhecido Serviço Reservado ou P2 — é, sem dúvidas, um golpe na segurança pública e no bom senso.
A intenção inicial de adquirir viaturas sem identificação, como ele mesmo descreveu, é até razoável: carros que são usados para operações de inteligência, infiltrações e campanas, ou seja, por policiais à paisana. No entanto, expor ao público que 38 novos carros sem identificação, de mesma cor e marca todos Nissan Kicks de cor prata, foram comprados para esse fim é uma ideia completamente absurda, para não dizer burra mesmo. De repente, o que antes poderia ser uma vantagem estratégica se transforma em uma armadilha para os próprios policiais e uma ameaça para a sociedade.
É de um amadorismo sem igual acreditar que a exposição desses carros não coloca em risco as operações da PM.
Se o objetivo é manter o segredo e garantir a eficácia de investigações sigilosas, como o próprio nome "serviço reservado" sugere, como alguém pode considerar inteligente entregar publicamente essa informação ao inimigo? Agora, qualquer bandido ou criminoso que tenha acesso a essa informação pode identificar facilmente um veículo que esteja atuando na região e tomar as devidas providências para escapar das investidas policiais, os famosos confrontos armados.
E o pior: ao fazer isso, Castro não só coloca em risco as missões da PM, mas também coloca em perigo os cidadãos. Quem circula no Rio de Janeiro, especialmente em áreas mais periféricas e de risco, agora terá que se preocupar se não está sendo observado por uma viatura "disfarçada", ao mesmo tempo que bandidos podem estar monitorando esses carros. Qualquer pessoa que tenha um veículo semelhante, mesmo sem intenção de se envolver em atividades criminosas, pode ser vista com desconfiança, aumentando o risco de ações violentas contra a população.
Nós sabemos bem que no Rio, primeiro atiram, depois, se sobreviverem, perguntam sobre.
É uma vergonha que esse tipo de estratégia de segurança pública tenha sido tão mal executada. Para quem entende um mínimo de segurança e inteligência policial, fica claro que expor o que deveria ser secreto é um erro grotesco. A falta de qualquer senso de prioridade em proteger as operações de inteligência da PM é evidente. Ao invés de reforçar as estratégias de segurança com discrição e sigilo, Cláudio Castro, sem pensar nas consequências, acaba favorecendo aqueles que estão no outro lado da moeda.
Esse tipo de atitude não é só um erro, é uma afronta. Um gesto de completa negligência com a segurança da população e a eficácia das ações policiais. E o pior é que ele tenta justificar a situação com um tom descontraído, como se estivesse anunciando um simples produto para o consumidor. A segurança pública não pode ser tratada como produto de marketing. A vida das pessoas e a eficácia das ações policiais são sérias demais para serem expostas de forma tão irresponsável.
Além disso, fica claro que a decisão do governador Claúdio Castro de divulgar a aquisição dessas viaturas descaracterizadas pode ter menos a ver com uma preocupação com a segurança e mais com uma tentativa desesperada de justificar os gastos públicos.
A própria declaração do governo, que destaca os investimentos feitos em segurança pública — mais de R$ 4 bilhões, a compra de quase mil viaturas semiblindadas e a aquisição de equipamentos tecnológicos modernos — parece ter menos o objetivo de melhorar a segurança dos cariocas e fluminenses e mais o de exibir os gastos e relatórios financeiros.
Ao mostrar abertamente essas novas aquisições, Castro provavelmente visava reforçar a imagem de um governo comprometido com a segurança do estado e que tem investido várias cifras nisso.
No entanto, em vez de fomentar confiança, essa exibição pública levanta sérias preocupações sobre a capacidade de proteger e planejar o futuro do Rio de Janeiro. A verdadeira questão aqui não é sobre o dinheiro gasto, mas sim sobre como esse gasto está sendo direcionado — com um valor tão alto, o mínimo a se esperar é uma abordagem mais estratégica e discreta, e não um erro que coloca em risco tanto a população quanto a polícia.
Isso não é uma falha, é um absurdo.
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